Me agito na cadeira.Ouço passos.O suor me inunda.Taquicardia.Respiração ofegante.Vou desfalecendo.
É ele! E vem se aproximando rapidamente. O monstro da Lagoa: o Pânico!
Será mais um ataque?Uma síndrome?Um medo de viver?
De viver? Ou de morrer em vida, sem motivo,sem perspectiva e sem esperança?
O caixa tilinta os alarmes das contas a pagar que se acumulam pelas escrivaninhas e estantes a me lembrar da dura realidade.
Os inúmeros certificados , apostilas de cursos ,cartas de referências ,seminários,especializações se empilham empoeirados nas pastas coloridas, modernas e organizadas de meu home-office.
Projetos engavetados descansam irrequietos , à espera de ação imediata.
Os prêmios conquistados jazem esquecidos pelas prateleiras de uma vida de workaholic ,perfeccionista e dedicada.
Num impulso ,contrato os serviços de agências de emprego.
Os head-hunters me confundem .Meu curriculum vitae é excelente.”Um nível de excelência ímpar “,dizem.
Mas,para os empregadores, é muita experiência.Precisamos de alguém mais novo.Que precisa aprender conosco,”sem vícios”.
Ou ,”sua experiência multifacetada é altamente interessante ,mas precisamos de alguém mais técnico.”
Os jovens entrevistadores se pegam sonolentos com o meu “português”,sem expressões idiomáticas ou sem “a nível de “.
Ou simplesmente não retornam mais, assim como “Conceição,se subiu,ninguém sabe..ninguém viu…”
O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do novo trabalhador: autônomo, flexível, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar “apto” significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, e impondo aos mesmos , a origem do verdadeiro significado de trabalho = tripalium, sinônimo de tortura.
A retirada mensal vai diminuindo a cada ano. Creio estar apta para a faxina.A começar pela limpeza da minha própria vida:Amassar os diplomas .Balançar o bum –bum nas baladas de cada dia.. Tomar energéticos.Me embriagar com “ices”.Colocar silicones. Fazer aplicações de botox.Fazer uma tatoo tribal.
Malhar diariamente com o mais novo tênis de impacto. Frequentar os bares e restaurantes da moda.Fazer escovas progressivas.Luzes californianas.Unhas multicoloridas.Rodar poraí num carro importado.Portar relógios rolex e cheirar aromas de griffe .
Fazer psicoterapia de grupo assistindo a reality-shows para reaprender a viver em sociedade e trabalhar em equipe.
E “estar me especializando” (ou me gerundizando)em gestão de qualquer coisa. Ser politicamente correta.Me familiarizar com os dialetos do mercado.Entrar na “vibe” e destilar veneno nos corredores .Puxar tapetes .Engrossar a agenda,fazendo “contatos imediatos”.Pegar BVs de clientes incautos.Adotar um sorriso de plástico e hastear para sempre a bandeira da hipocrisia.
Amigos me cobram o ânimo de ontem. A vitalidade de ante-ontem.Os sonhos abortados.A crença positiva de que tudo vai mudar.
No entanto, um suave relaxamento se apodera de mim e uma voz lá de dentro me desafia: ”Já tá na hora de programar um novo fim e acionar um recomeço digno de sua capacidade e liderança.”
Há consciências que precisam ser abertas e que clamam por minha mão firme e passos resolutos.
Caminho em direção à porta com a convicção de que o mundo precisa de mim. Arrogância? Pretensão? Sei lá!
Uma força surda me impulsiona pra frente. Me faz saltar da cadeira.Corro para um parque próximo à procura de ar puro para me oxigenar.
Não hesito.Sigo em frente com a certeza de que cabe a mim ,só a mim,me resgatar.
O grito de guerra que escapa de meu peito ,queima as marcas da insatisfação e acende as fagulhas da fé interna.
Por que ir ? Pra onde ir? Como ir? Quando ir?
Meus passos me levam a uma clareira. Olho para um céu límpido ,e, quero o chão. Mas, me deixo penetrar pela profundidade do éter que me engole e me transporta para além de mim.
Os redemoinhos das brancas nuvens me envolvem .Me deixo cair na maciez daquele colchão de nimbos,que anunciam um tempo bom..
Sei que tudo isso é passageiro. Talvez uma maneira de me alienar, me anestesiar do amargo “aqui e agora”.Não importa.Vou em frente!
Salto sem para- quedas.E caio em pé,como os felinos em suas sete vidas.Creio já ter gasto algumas ,nas agruras da caminhada um tanto extenuante.
Ainda assim,claudicando,trôpega,sigo em frente.
Não sinto mais os meus pés.Levito.Vôo.
Alcanço de novo as alturas com a consciência de que sou responsável pela abertura de minhas asas rumo ao “presente”.
A urgência liberta a minha força e desata minha esperança intrincada em nós de marinheiro,tecidos nas dores das investidas passadas.
Suspeito de mim mesma.Será um sonho?Vertigem?
Não importa.Vou em frente!
Caminho.Respiro.Penso.Reflito.
Entretanto meus pensamentos não se fixam em nada. As imagens em flashes absurdos se sobrepõem ,à minha revelia,desbravando os porões de meu inconsciente em busca de soluções desesperadas.
Lá no fundo do meu poço encontro energias para reagir.
E,num salto,me recomponho.Aceito a dor e abraçada a ela ,busco as respostas..Uma voz dentro de minha cabeça insiste:
O sucesso é ilusório.O caminho é a luz.A viagem é o resultado.
O silêncio é o grito de amor por mim mesma ,que redesperta o canto dos pássaros pelas manhãs incontestes da natureza que derrama cheiros e brilhos que me remetem aos risos da minha infância que jamais se perdem.
O fio de Ariadne,que cada um de nós tece, é um tapete de pétalas que vão colorindo nossos jardins pessoais.
E,vou em frente, deixando cair as pérolas que facilitam a “passagem “ para os incrédulos.
As leis da grande luz que espera pacientemente que acionemos o interruptor interno para religar a usina da anima, do moto- contínuo que é a pulsação dinâmica dos átomos e das células da criação.
Sou pólen,poeira e luz.Me entrego a meu destino com a certeza de ser instrumento da paz em meu entorno e dentro de mim.
Olhar profundo. Fala mansa e sensata. Pensamento bem articulado. Camilla com dois elles – estilo fashion no último – é pura arte na vitrine de sua própria aparência.
Mãos bem cuidadas. Esmalte laranja reforçam a vontade de se reacender perpetuamente ,nas memórias que evocam sua Vovó Tércia.
Ou Vó Téte, mulher guerreira, que rodava as saias longas e coloridas na roda de uma vida de exemplos de fortaleza e ação.
Quebrando as correntes da união conjugal, assumiu os rebentos da procriação.
Separou-se de Alan Wooton, cuja herança se limitou aos temperos ingleses misturados ao sabor da sua cozinha pernambucana, e ao som de Frank Sinatra.
O rouge dos cajus e caquis povoavam a rotina vegetariana de Vó Téte, que à imagem dos índios ,adormecia quando escurecia e acordava quando o sol nascia.
O rádio anunciava seu despertar: – “VamoEmbora! VamoEmbora. Tá na hora!” Indício de que era hora de abraçar o dia com todas as suas surpresas.
A ruptura do casamento, levou Vó Tércia para o sítio em Lourenço da Serra, que povoa o imaginário de seus netos, até hoje com insights de alegria e gosto de fruta madura.
A convivência diária com os primos, transmutados em irmãos, pela condição de filha única de Camilla, traz o conforto da companhia, a proteção e o amparo inexpugnável de uma fraternidade do próprio sangue.
Essas lembranças agasalhadas pelo manto de incorruptibilidade de Vovó Tércia, erigidas nos natais em família, assentam Camilla nos vínculos que permeiam a estrutura da mulher forte e decidida que vislumbro hoje.
A combinação “estilosa” de sua indumentária, com certeza é herança de vó Téte, que mergulhava os netos no sensível e agudo observar dos ciclos do tempo.
A militância política e engajada da avó em causas de respeito às mulheres e à Mata Atlântica, remontam ao Mito de Eva- o útero que gera com responsabilidade e acompnaha a continuidade, com perícia de Mestra, quase deusa para Camilla.
A foto em escadinha etária com os primos e a avó nos almoços dos 25 de dezembro, ao longo de sua história, ao sabor do strogonoff, batata palha e coca-cola, é o ponto vital de sua memória afetiva.
Como no princípio da Escada de Jacó, em sua busca pela iluminação, Camilla resgata nos recônditos da alma, o farol que ilumina sua estrada, rumo a sua própria superação.
A imagem de Vovó Tércia, é o ápice desta busca por si mesma, o ovo primordial.
Ella era a única mulher ali naquela bizarra e nada gentil reunião. Todos se levantaram e a deixaram só. Suspirou aliviada. Era o início de uma vitória. Há alguns bons anos tentara introduzir seu ponto de vista naquela comunidade. Mas aqueles aldeões carregavam estereótipos e preconceitos alimentados através de séculos de patriarcado, em relação a qualquer figura feminina. As expressões endurecidas. As cicatrizes do vento que sulcavam as faces dos lavradores eram iluminadas pela lua, que, intrusa, teimava em acender aqueles olhos desesperançados. O cheiro da terra molhada impregnava o casebre. A fogueira, lá fora, ardia seus carvões estertorosos após a chuva. Seu apelo por liberdade fora ouvido. Isto é o que importava. Seus olhos disparavam, errantes, maravilhados. Ella viera para ser feliz, e assim já se sentia. A magia de poder se exercer como mulher integral em pleno século XVIII. Soltar seus cabelos. Esvoaçar suas saias. Correr célere pelos campos, sem horário para voltar. Ninguém a esperava. Nenhum marido retrógrado. Nem pai. Nem irmão. Mas a certeza de que era dona de seu destino. De poder ir e vir, quando lhe aprouvesse. Conquistar o direito de ler seus livros em paz e exercer o ofício de escrever. Convenceu-os de que, apesar de não chegar a ter sucesso deste jeito, falharia em qualquer outro. Era a arte se impondo aos brutos da aldeia. Todos pararam para ouvir seu manifesto de dor, em que versava: “O trabalho árduo me oprime. Mas liberta em mim a poesia. Que insiste em brotar De minhas mãos calosas, E de meu coração de esterco. Grito. Semeio flores Na aridez do mundo dos homens.”
Texto em homenagem à escritora inglesa Jane Austen, que nasceu em 16 de dezembro de 1775. Austen é autora de romances clássicos da literatura mundial como Razão e Sentimento, Orgulho e Preconceito, Persuasão e Emma. Austen faleceu em 18 de julho de 1817, aos 41 anos.
Conto publicado na Antologia PALAVRAS ABRAÇADAS, Volume 3, 2016 da Editora Scortecci.
Depois de exatamente 21 anos e 9 meses, ainda me pergunto: que sentimento é este, que, por vezes, libera a endorfina, noutras, nos leva à loucura?
Quem é esta persona plural que está ali e não se mostra, delineando tal aura inquietante?
Ubiquidade, Onisciência e Onipotência são seus atributos.
Carrega sobre os ombros as grandes decisões táticas e os planos temporais, em que cada episódio ou fase destes filhos de Deus são situados.
Observadora glacial e precisa, se confunde com o sujeito amado. Ilumina e obscurece as condutas dos elementos nos instantes oportunos.
Lava, limpa e passa.
Embala. Agasalha. E alimenta.
Trabalha! Trabalha! Trabalha!
Atrapalha e se atrapalha.
Às vezes se ausenta, para se tornar presente.
Estouvada. Indispensável. Distraída.
Peca quase sempre pela intrusão, quando as expansões líricas dão lugar à formatação matemática da natureza humana.
Esculpe parâmetros morais, políticos, religiosos e metafísicos, dentro dos quais se movimentam os homens e mulheres do planeta.
Vai batendo eternamente este bolo exótico, combinando ingredientes, misturando receitas, reinventando a alquimia e estruturando o mundo das ideias e das crenças a partir dos quais se julga e realiza o bem e o mal.
Acerta e se equivoca. É vil e nobre. Comum e insólita. Conformista e rebelde.
Arranca suas raízes, a fórceps, “cesariando” ou naturalmente, do virtual para o real.
Faz a ambiguidade virar certeza. E a certeza se torna dúvida num átimo de segundo.
Que é esta entidade que baixa quando nos percebemos grávidas?
Estes nove meses nos põem em contato com uma “humanidade abstrata”, depurada do Homem propriamente dito?
Por que experimentamos sensações que de outro modo seriam absolutamente impossíveis?
Fariam até Descartes e Spinoza concordarem num único ponto: tudo que acontece no corpo produz-se igualmente na alma. Ou produz nela alguma coisa de irreal? Uma ideia? Um sentido?
Produz, sim! Esta semente. Esse ser semelhante a nós. E tão dessemelhante! Um cataclisma de átomos em vias de se projetar para fora, como um surto de esperança num futuro que ainda não existe.
Quem é que neste momento único toma forma, num cenário de solenidade e abstração?
Fria e inconteste, aquela voz ecoava em sua cabeça, chacoalhando-a impunemente em um tom devorador de lobo faminto.
Na velocidade de um raio, que sem deixar dúvidas, vai registrando cada ricto de dor passada, drama alheio de sua loucura, sulcada nas íngremes camadas de uma vida.
Desbrava as suas entranhas com a navalha afiada e impiedosa da realidade.
Não se esquece dos altos e baixos, nem do fog que acinzenta as cores que lhe foram sequestradas.
Das tempestades que lhe açoitaram as costas e lhe fizeram perder a postura empertigada.
Do suor que explodia, irrigando os poros e drenando o pânico.
Ela não pestaneja. Enfrenta o espelho.
Responde:
– “Não sou mais a artista. Sou a minha própria obra de arte. Sou o frêmito da minha embriaguez.”
Mas, o intrépido espelho, revela as angústias dos sonhos não realizados.
Questiona o pescoço, já não tão viçoso como outrora. A pele flácida do colo. Um tecido que o ferro do tempo não alisa. Testemunha dos anos desleixados nos cuidados consigo mesma. Um papel impossível de rasgar
Os sinais que riscam sua face. Rios secos de um canyon escarpado pelas perversidades dos seres.Humanos? E pelas suas pequenas e inconfessáveis mesquinharias.
As manchas, companheiras dos sóis abrasadores da areia que abrigava suas costas sedentas de calor.
O olhar perdido. E o desespero da espera por um final. Feliz?
Ele chega por trás. Fica imóvel observando este solilóquio. Cúmplice permanece calado. Observador privilegiado deste momento mágico.
Imperturbável, ela continua a velar atentamente por aquela que nunca foi, e pela que é.
Uma rajada de vento bate levemente a janela. A lua ,grávida ,se insinua. E o gato, Noir, salta no quarto.
Mas, nada. Ambos continuam impassíveis.
Noir, com suas duas esmeraldas cintilantes perscruta os dois. Bamboleia por entre suas pernas, como uma serpente que aprova a escuridão e as profundezas da tensão.
Depois, se acomoda e se enrosca gostosamente num sofá de veludo negro que parece engoli-lo.
Nada parece se mover neste espaço sem lugar.
Há num como no outro aquilo que não foi vivenciado. Como uma sombra obscura de uma vida roubada.
Entretanto há a pulsação invisível. Do trágico. Do avesso.
– “Tola. Há qualquer coisa que ficou por se expressar. E se perdeu nos labirintos da rotina”. O espelho sussurra.
Ele, porém, descansa a mão sobre seu ombro direito. Abre com a outra mão a porta do armário. E se fixa no espelho que reflete o dela.
Ambos ficam assim, por um tempo.
Seus olhos se encontram. Uma conversa muda.
O filme de suas vidas passando nos seus olhos.
Por um instante parecem sorrir sem ao menos entreabrir os lábios. No entanto, este segundo, arrefece o mundo de suas deformidades.
Esta cerimônia sela uma parceria.
Não há flores. Festa. Anel de Brilhante.
Apenas um mútuo acordo de caminhar juntos.
O mergulho no escuro de um futuro incerto. Como sempre foi até aqui. Durante anos. Quantos??? Não importa.
Aquela intensidade é uma força que colabora com o todo.
Ela deixa escorrer uma lágrima.
Ele a enlaça suavemente. Para que aquela emoção aguda no canto das pálpebras cumpra seu curso.
Seu peignoir de seda escorre suavemente até o chão. Percorre cada reentrância e seus relevos lentamente.
Leva com ele todas as máscaras que a aprisionavam com seus laços neuróticos.
Da terra que absorve seus terrores. Da água que lava as culpas. Do fogo que lambe suas decepções e ferve as paixões. Do metal que rasga o pesar das perdas. Do grito que liberta as mentiras escondidas. Que eliminam a ilusão de solidão, com a certeza de que tudo é risco e único. Que abrem as portas dos apegos e os deixa alçar voo.
Ele espera que este banho de seda a refresque de suas nefastas nuvens.
A lua invade a janela e derrama prata em seu dorso nu. Sopra a poeira dos erros e acertos, da dimensão fatídica e concreta dos caminhos de cada um.
Os pelos dela se arrepiam sob seus dedos.
Ela se vira e o abraça.
E, assim permanecem. Até que a morte os imante no sonho e os liberte do silêncio.
O espelho murmura: “A verdade só encontra semelhança em mim, seu próprio espelho. E só a loucura pode libertá-la. O louco sou eu. Você. E o cara aí do seu lado.”
Noir abre os olhos verdes brilhantes e logo os fecha preguiçosamente.
De um lado, um veículo que dispõe de um conglomerado, pode fornecer seus mecanismos para proteger seus interesses e o status quo.
De outro, a imprensa independente, constantemente sujeita a pressões e ameaças, tentando tornar público, o que de fato, “todo mundo já sabe”: os coquetéis de abuso de poder, fraudes, injustiças e violação dos direitos humanos em sua mais completa definição e que a Organização das Nações Unidas (ONU) traduz como garantias de proteção das pessoas contra ações ou falta de ações dos governos que possam colocar em risco a dignidade humana.
Direitos Humanos
A Primeira Declaração dos Direitos Humanos, é atribuída ao rei persa (antigo Irã) Ciro II ,O Grande ,depois de sua conquista da Babilônia em 539 AC.
Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Gravado no Cilindro de Ciro, decretou-se que os povos exilados na Babilônia regressassem à suas terras de origem
O ‘Cilindro de Ciro’ é um cilindro de barro que está exposto no Museu Britânico , em Londres.
Em 1776, a Declaração de Direitos de Virgínia, Estados Unidos, escrita por George Mason (agricultor e político influente) a primeira da época moderna.
E ,logo em seguida, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) na França. Inspirada na declaração de 1776 e no espírito filosófico do século XVII, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 marca o fim do Antigo Regime e o início de uma nova era. Expressamente visada pela Constituição da Vª República.
A diferença crucial entre a França e a Inglaterra é que os ingleses adotaram o parlamentarismo com a monarquia. Assim, o governo era representado pelos monarcas, mas o corpo de leis que regula o governo era estabelecido pelo Poder Legislativo. Já os franceses adotaram o sistema republicano, havendo tripartite dos poderes (proposta do filósofo iluminista francês Charles de Montesquieu), que visa combater qualquer tipo de excesso de poder a partir da repartição igualitária dos âmbitos legislativo, executivo e judiciário.
A criação da Organização das Nações Unidas em 1945 também faz parte da história da evolução dos direitos humanos. É um fato importante porque um dos objetivos da ONU é garantir a dignidade de todos os povos e tentar diminuir as desigualdades mundiais.
Em 1948, a ONU aprovou a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e em 1966 foram criados mais dois documentos: o Pacto Internacional sobre os Direitos Civise Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais:
Todos seres humanos são livres e iguais em direitos e dignidade.
Capacidade e liberdade para viver sem discriminação.
Direito à vida, liberdade e segurança.
Nenhuma pessoa deve ser escravizada.
Ninguém deve ser torturado ou receber tratamento cruel.
Direito de reconhecimento como pessoa.
Igualdade perante a lei.
Direito de acesso à justiça quando direitos forem violados.
Ninguém deve ser preso arbitrariamente.
Todas as pessoas têm direito a julgamento justo.
Direito à presunção de inocência até que a culpa seja provada
Proteção à vida privada e familiar.
Liberdade de movimentação e de deixar e voltar a qualquer país.
Direito de procurar asilo em outros países.
Direito de ter uma nacionalidade.
Direito ao casamento e à família.
Proteção da propriedade.
Liberdade de fé e prática religiosa.
Liberdade de expressão e de opinião.
Direito ao descanso e ao lazer.
Liberdade para participação em associações.
Acesso ao governo e ao serviço público do seu país.
Direito à segurança e proteção do Estado.
Direito ao trabalho e proteção ao desemprego.
Padrão de vida que garanta saúde e bem-estar à família.
Direito à educação, gratuita nos anos fundamentais.
Acesso às artes, cultura e ciências.
Direito de viver em uma sociedade justa e livre.
Cumprimento de deveres com a comunidade, de acordo com os princípios das Nações Unidas.
Proteção dos direitos determinados na Declaração.
Temos presenciado a Violação dos Direitos Humanos através das civilizações em governos desgovernados e líderes absolutistas e uma total desinformação sobre como reivindicar estes direitos pela classe trabalhadora e pela sociedade civil .O que culmina na opção pela escolha de manutenção das desigualdades pelos podres poderes, de quaisquer lados e posições políticas de todos os naipes.
O primeiro artifício de todos estes males é a dissimulação. Desígnios e sentimentos a ocultar, formatam os mestres da aparência, travestindo seus olhares e ares, primando por colorir suas atitudes e envernizando sem moderação, as sombrias paixões que lhes corroem.
Perder-se da espontaneidade e se embrenhar nas fraudulentas fantasias do imediatismo para fazer sobreviver o sistema, não é tarefa fácil.
Pois o prazer do exercício do poder leva ao conforto da distração, e, consequentemente à omissão. A reflexão cansa e desencanta.
Um mundo não reflexivo é um mundo que se pretende suficiente e completo.
Ao contrário do viés psicológico de Locke e Condillac.
Locke e Condillac e a racionalidade humana
Nesta tentativa insana de entender a racionalidade humana, retomo o filósofo inglês John Locke, pai do liberalismo, Conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. Pregou a teoria da tábua rasa, segundo a qual a mente humana era como uma folha em branco, que se preenchia apenas com a experiência. Esta era uma crítica à doutrina das ideias inatas de Platão, segundo a qual princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente de experiência.
Um dos objetivos de Locke é a reafirmação da necessidade do Estado e do contrato social e outras bases. Locke acreditava que se tratando de Estado-natureza, os homens não vivem de forma bárbara ou primitiva. Para ele, há uma vida pacífica explicada pelo reconhecimento dos homens por serem livres e iguais.
E, de acordo com Etienne de Condillac, ordenado padre no Seminário de Paris e Teólogo pela Sorbonne, autor de Tratado dos Sistemas e Tratado das Sensações, entre outras obras, pregava que “ afastando-se das ideias inatas a ciência só pode se estabelecer a partir da racionalidade, que requer entender e aplicar como o pensamento funciona, ou seja, sempre em uma estrutura”. Para isto, são necessários princípios que, numa escala piramidal, se organizem da seguinte forma: dos fatos gerais até os fatos constatados.
Toda esta complexidade aparente é apenas uma tentativa de pontuar o comportamento de um ser humano que se propõe a intimidar, a reprimir e a violentar um outro ser humano por não reconhecê-lo como seu igual.
A incapacidade de superar as diferenças com harmonia e desprendimento de radicalismos que só resultam em conflitos desnecessários, discussões intermináveis e guerras sangrentas.
Do ser humano que expulsa a reflexão. Que pretende se governar, mas se deixa governar pela insensatez da alienação.
Thomas Hobbes e o ser humano predador
Segundo Hobbes, os seres humanos possuem uma tendência natural à violência: “O homem é o lobo do homem.”
Por conta de seu intelecto, os seres humanos dominam a natureza, mas encontram em outros seres humanos os seus grandes rivais, seus verdadeiros predadores naturais.
Os desejos dos indivíduos em estado de natureza gerariam disputas que poderiam levar à morte de uma das partes do conflito.
Pela necessidade de segurança e, principalmente, por receio de uma morte violenta, os indivíduos preferem abrir mão de seu direito à liberdade e igualdade dados pela natureza.
Rosseau e a Origem e os Fundamentos da Desigualdade
Relembro Rousseau, quando diz que “tudo nos oferece mil pontos de apoio quase seguros para governar em sua origem os sentimentos pelos quais nos deixamos dominar.”
Rousseau escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre educação, religião, música, ética, autobiografia e literatura.
Sua obra principal é Do Contrato Social, publicada em 1762.Ali, defende a ideia de que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a degeneração. Afirma também que a sociedade funciona como um pacto social, onde os indivíduos, organizados em sociedade, concedem alguns direitos ao Estado em troca de proteção e organização. A filosofia política, que surgiu a partir dessa obra e dessas ideias, é conhecida como Contratualismo.
Suas observações sobre a natureza do ser humano e a sociedade, são extremamente críticas. Defendeu a aproximação entre justiça e liberdade. E era amplamente favorável, na sociedade, à soberania da vontade coletiva.
Por isso começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos.
Todas estas considerações e voltas pelos pensamentos de alguns luminares e muita reflexão, servem para não me revoltar com os meus semelhantes e tentar compreender através deles minha própria agressividade.
E perdoar minha revolta, quando me deparo com a injustiça em suas múltiplas vestimentas.
Vivemos em tempos nublados em que a humanidade se iguala ainda que por um momento, no confinamento, e numa abertura ilusória de que tudo voltou ao normal.
Aqui, na pátria amada, ignoramos os índices de óbitos que se multiplicam e, num completo desamor por nós mesmos e pelos outros, quebramos os protocolos mínimos de proteção em relação ao Covid 19.
As notícias se embolam pelos meios eletrônicos disponíveis, e nas redes sociais, dando o certo pelo incerto e as mentiras por verdades.
As Instituições, as governanças, os poderes e o povo hasteiam bandeiras de paz, manchadas de sangue e de corrupção.
O conflito está nas paradas de sucesso. O ódio é a celebridade instantânea.
O abismo das desigualdades está cada vez mais profundo.
A humanidade está mais iludida pelo que o mundo poderia ser do que enxergá-lo como está, para poder mudá-lo.
Nossa flora e nossa fauna estão em chamas.
Os artistas tentam se reinventar febrilmente para arrancar dentro de si uma obra fulgurante para se aplaudir internamente.
E cada ser humano, em suas profusas escolhas, tem que se rever diante dos desafios.
O nosso tempo é codificado por uma ampulheta enlouquecida.
As religiões se embalsamaram em dogmas de fé e não se permitem dar as mãos em prol da beneficência. É cada um por si e…Deus? por todos?
Os preconceitos se agigantaram.
A Justiça dorme em berço esplêndido.
E a liberdade de expressão, está deixando de ser um direito humano para ser troca de agressões gratuitas de consequências catastróficas.
Liberdade de Expressão
Censura:
Análise de trabalhos artísticos, informativos e com base em critérios morais ou políticos, para julgar a conveniência de sua liberação à exibição pública, publicação ou divulgação
Ação de controlar qualquer tipo de informação, geralmente através de repressão à imprensa.
Restrição, alteração ou proibição imposta às obras que são submetidas a um exame oficial, sendo este definido por preceitos morais, religiosos ou políticos.
Ação ou poder de recriminar, criticar ou repreender.
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A Constituição Federal do Brasil, reafirma em seu artigo 5o: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
Quando se discorre sobre Direitos Humanos, é preciso primar por seu vital princípio que é a liberdade de expressão.
Os profissionais da Comunicação trabalham com perguntas e querem respostas. As palavras estão a serviço da informação clara e fiel ao fato. Obviamente, sempre haverá as distorções e interpretações dúbias. Entretanto demonizar as instituições e jogar todas no mesmo “balaio de gato “é de uma superficialidade absurda e de um comprometimento sério com a veracidade da notícia.
Diminuir e ofender os profissionais do Jornalismo é relativizar a selvageria.
Censurar matérias em pleno século XXI , é um mergulho na obscuridade.
E, assim, impotentes, assistimos à agonia da Democracia, que se encontra na UTI
em estado grave.
O Diabo SOU EU
Vulgarizar a tortura é jogar no time do lendário Lúcifer , cuja imagem e semelhança ao homem em suas expressões mais primitivas, foi pintado pelas religiões como algo exterior a nós.
No entanto, ao observar os descalabros da humanidade através dos séculos, o tal Diabo, coitado, deve estar passando por uma crise existencial sem precedentes, deitado num divã de algum psicanalista infernal.
As atrocidades, crimes, perversidades, pilhagem e tiranias do homem contra o homem são horripilantes até para o próprio Satã.
Os egípcios enterravam os seus parentes ainda vivos. Os cruzados retalhavam os infiéis. Os doges venezianos colocavam seus adversários em esquifes de ferro com tampas de espetos. Os católicos apunhalavam os protestantes. Lutero apoiou pessoalmente o massacre de cem mil camponeses alemães que haviam se revoltado contra a nobreza e o clero católico, inspirados pelas suas próprias idéias . Os romanos jogavam os cristãos aos leões. Genghis-Kan amontoava cabeças em pirâmide. O massacre de milhares de chineses na Praça da Paz Celestial pelo Exército Popular da Libertação. O holocausto ucraniano imposto pelos russos. Os empalamentos dos párias na Índia. O Sinédrio Judaico que exigiu a execução de Jesus. Os milhões de judeus que foram asfixiados pelos nazistas.
E as torturas nos infectos porões das ditaduras, transformando os seres humanos em frangalhos, matando e esquartejando para apagar as memórias, cegar de vez a justiça e afogar a verdade.
E, por aí vai. E, até agora, o apartheid continua. A morte a cada vinte e três minutos de negros e homossexuais. Estupros e mortes a cada dezesseis minutos de meninas e meninos e o aviltamento generalizado contra as mulheres e idosos entre outras barbaridades.
Ainda assim, esta tentativa de calar para sempre os resquícios de liberdade, ainda encontra eco no imo de alguns desvairados.
Pobres Mortais
Encerro com o Mito de Prometheus, que sob as ordens de Zeus, seu pai, ficou acorrentado trinta mil anos, sendo picado, diariamente, no fígado por uma águia. Como era imortal, o órgão se regenerava constantemente até que Hercules o libertou, para que se tornasse mortal e pudesse morrer em paz.
Fica aqui a esperança de que conscientes de nossa mortalidade, não banalizemos a vida.
E, ao tentarmos esculpir este Hercules em nós mesmos, nossa lucidez encontre abrigo na solidariedade e na compaixão de uns pelos outros.
Tenho a convicção de que o ego e o discurso interditam a verdadeira comunicação. Persiste a ilusão de que esta, só se realiza nos confins do espasmo e da agonia dos tons extremos e falta de compostura.
Exercermos a liberdade de expressar nossos pontos de vista e debater os impasses dentro dos princípios de respeito mútuo é saudável e fértil. E é bom para o Mundo.
E também é bom para o Brasil.
A fraternidade é viril porque se exerce na troca de ideias. E, não, nos submetendo uns aos outros, e sermos forçados à baixeza de alguma causa falaciosa.
Talvez, então, esta revolução interna, nos alivie da “ressaca” do porre de sermos todas e todos “demasiadamente humanos”.
Um mito? Apenas um homem? Um acontecimento? A vida singular transformada em maravilha ou a não adequação à vida singular? A obsessão lúcida? Vontade indomável? Um livro aberto? Silêncio inquietante?
Sim, ele era um homem franzino. Pequenino. Quase imperceptível.
Olhos brilhantes. Perscrutadores. Radiografava e escaneava todos os que dele se acercavam, buscando significados nos significantes e insignificantes mistérios da alma humana.
Satya, Verdade e Ahimsa, não violência, eram seus lemas. Seu pensamento, sua obra. Sua ação.
Jejuava pela paz. Jejuava pelo amor. Jejuava para unir. Jejuava para libertar seu povo da opressão britânica.
Mas este fato o torna santo?
“Todas as minhas possessões no mundo reduzem-se a um prato da prisão, algumas roupas e a minha reputação, que qualquer um pode utilizar.”
Alguns o qualificam como um mensageiro de Deus, ainda que admitindo nunca ter recebido nenhuma revelação divina.
Ou apenas coerente?
Ele mesmo contradiz a coerência:
“Não estou absolutamente interessado em parecer coerente. No meu caminho em busca da verdade, tenho abandonado muitas ideias e tenho aprendido muitas coisas novas. Velho como sou de corpo, não tenho a consciência de ter cessado de crescer interiormente, ou que o meu crescimento vá estagnar com a dissolução da minha carne. O que me interessa é a minha atitude de prontidão em obedecer ao chamado da verdade, de momento a momento. Há princípios eternos que não admitem compromisso, e o homem deve estar disposto a sacrificar a sua vida para obedecer a esses princípios”.
O menino. O jovem. O chamado.
Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de outubro de 1869, em Porbandar, na Índia Ocidental (hoje estado de Gujarat). Casou-se aos 14 anos com Kasturbai, da mesma idade, numa união acertada entre as famílias. O casal teve quatro filhos.
Grande conhecedor das escrituras hindus, aos 19 anos vai estudar Direito na Universidade de Londres, no Reino Unido. Regressa à Índia, Bombaim, como advogado. Depois emigra para a África do Sul, onde viviam 150 mil indianos.
Um divisor de águas em sua trajetória: um incidente ocorrido ao viajar de trem. Gandhi ia na primeira classe, quando solicitaram que se transferisse para a terceira classe, por ele não ser branco. Ao se recusar, foi jogado para fora . O episódio o incentivou a advogar contra as leis discriminatórias vigentes.
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas sem se importar com sofrer as consequências do ato, de boicotar os produtos ingleses, de fazer greves de fome para que hindus e muçulmanos deixassem de lado as divergências religiosas e se unissem em favor da causa comum: a independência. Acabou por conquistar admiradores no mundo todo, inclusive na Inglaterra.
Entretanto, a Segunda Guerra Mundial (1939-45) teve o efeito de enfraquecer a Inglaterra, de modo que, ao fim do conflito mundial, não conseguiu mais manter o domínio sobre a Índia. Em 15 de agosto de 1947, a independência da Índia foi declarada. O país, porém, ainda enfrentava forte tensão entre os grupos religiosos rivais e se fragmentou em dois, a Índia propriamente dita e o Paquistão, sendo que este estava geograficamente dividido em Oriental e Ocidental, com um enclave indiano entre ambos.
Portanto, a violência religiosa e a disputa por terras prevaleciam. Em 1948, a ilha do Ceilão, a sudeste do subcontinente indiano, tornou-se um Estado independente, com o nome de Sri Lanka. Do mesmo modo, o Paquistão oriental formaria um novo país, Bangladesh, em 1971.
Hoje, na República da Índia, os conflitos entre hindus e muçulmanos são menores, embora persistam. Outros dois grupos religiosos também têm força no país, os budistas e os sikhs, uma seita hinduísta com características próprias. As relações com o Paquistão ainda são conflituosas, em especial no que se refere à província indiana da Caxemira, no norte do país.
Clarividência
Gandhi agia de modo tão peculiar que soava como absurdo. Parecia um líder nacionalista como outros tantos comuns na época dele, Sukarno na Indonésia, Bembela na Argélia, Nasser no Egito e outros. Porém, diferenciava-se na aplicação dos princípios da autonomia, da autopurificação e da não violência no processo de independência da Índia.
E a independência da Índia não é pouca coisa porque ela era a joia da coroa inglesa. De todas as colônias, era a colônia-chave. Retirada, quebraria o império inglês, como quebrou.
E ele, diante de uma luta tão crucial para o mundo todo, pois se estava mudando um sistema colonial imperialista, do qual a Inglaterra era o paradigma, defendeu que era possível ter um entendimento com o centro do império. E muitas vezes ele defendeu que a Índia e a Inglaterra continuassem ligadas numa comunidade, em que as nações tivessem os mesmos direitos e deveres. Chegou a defender, para desespero dos radicais da época, que era possível e bom para a Índia, para a Inglaterra e para o mundo um entendimento entre as partes, e que os dois pudessem continuar ligados, mas como pares, como iguais.
Infelizmente, o movimento de descolonização, tanto do lado dos oprimidos como dos opressores, não tomou essa posição em lugar nenhum e até hoje se vivem as consequências da independência usando o método tradicional da violência contra a violência. Depois, com o avanço da violência e da repressão dos ingleses, Gandhi aderiu à independência total. O entendimento talvez tivesse mudado a história recente, se tivesse acontecido, se a Inglaterra e as lideranças hindus, que estavam com ele, tivessem tido essa clarividência. Preferiram aquela separação, inclusive com a criação absurda do Paquistão, que foi um acontecimento traumático e desastroso para a independência, e motivo de desgosto para Gandhi e de certa forma o motivo da morte dele, uma vez acusado pelo nacionalista hindu que o assassinou de ser tolerante demais com os muçulmanos.
Veja aqui entrevista com Gandhi, à época da luta pela independência:
Vegetarianismo Político
Um aspecto que exprime as posições de Gandhi da não violência, da autonomia ou autoconfiança e da autopurificação é a opção pelo vegetarianismo. É uma tradição hindu muito forte, mas nem todo mundo na Índia é vegetariano. O fato é que o vegetarianismo de Gandhi é um elemento político. Quando se discute hoje o desenvolvimento sustentável, o fato de ser vegetariano ou, pelo menos, quase vegetariano, adotando a postura gradualista de Gandhi, pode ser importante. O vegetarianismo dele expressa muito bem suas posições básicas diante da vida, porque é uma forma de produzir melhor, destinar melhor as terras e a produção para satisfazer todo o mundo, no mundo inteiro. Já existem cálculos mostrando que isso seria possível se as terras fossem mais dedicadas à produção vegetariana do que à carnívora.
Gandhi nunca recebeu o Prêmio Nobel da Paz, apesar de ter sido indicado cinco vezes a ele, entre 1937 e 1948. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador do Nobel. Albert Einstein disse sobre ele: “As gerações por vir terão dificuldade de acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra”.
O Legado
Pensei muito antes de pesquisar e escrever tudo isso. Recortes de outras cabeças. Observação das notícias. A falta de alusões a Gandhi, 72 anos após seu assassinato, no dia 30 de janeiro de 1948.
Tantas manifestações pelo mundo globalizado. Por tantas causas sem causa. Outras afins. Um oceano de informações pululando em nossas mentes. Rolezinhos. Passeatas. Marchas com deus e o diabo. Incêndios. Tsunamis. Terremotos e inundações. O mundo em movimento. O planeta ardendo em chamas. Governos caindo de podre. Jovens buscando encontrar um lugar no futuro. Tanta violência. Em casa. Na rua. No trabalho. No lazer.
Fui até a Praça Túlio Fontoura, em frente ao parque do Ibirapuera, em São Paulo, pela manhã. Lá estava a estátua de Mahatma Gandhi. Algumas pétalas. Cruzo com um indiano de branco e lágrimas nos olhos.
Ele passa por mim… desolado… talvez tenha deixado as pétalas; eu, nem isso. Ao contrário dele, não chorei, só senti. Olhei bem para aquela estátua tão bem esculpida… e sorri.
Pensei na história daquele homem até aqui.
Caminhei lentamente até o parque procurando me embebedar das benesses do verde que se derramava para que pudesse ter alguns momentos de solitude neste inferno, que não é o de Roberto Carlos.
E pedi: só quero a sua paz…
De lá segui para o trabalho.
A surpresa
À noite, me reuni com algumas pessoas, talvez ingênuas como eu, no Centro Cultural da Índia, para assistir a uma mesa-redonda sobre a ocupação Gandhi no século XXI.
Após a breve contação de histórias de Tininha Calazans, uma fada, começa o bate-papo com quatro jovens: Pedro Kelson Batinga, coordenador dos projetos de cultura de paz da Palas Athena; Anielle Guedes, economista, presidente do Centro de Empreendedorismo da Universidade de São Paulo; Mariana Campanatti, publicitária e cofundadora do Movimento Imagina na Copa; e André Gravatá, coautor do livro “Volta ao mundo em 13 escolas” e integrante do coletivo Educ-Ação. Esses jovens me chamam a atenção principalmente pelo entusiasmo (que, segundo os gregos, significa ter o deus dentro de si). Talvez isso explique tudo, mas, às vezes, não enxergo esse entusiasmo em outros jovens, salvo quando é para olhar para seu próprio umbigo.
O mais interessante é que eles dizem se inspirar em Gandhi. Não só eles, mas também outros jovens da Índia e da Grécia que acessaram o portal do encontro.
Ora, ora, se assim é, nem tudo é caos nas fronteiras ardentes de Dante.
Se 66 anos após seu assassinato Gandhi estava mobilizando jovens acadêmicos e da periferia em várias partes do mundo e no Brasil, já terá valido a pena.
Johan Galtung, sociólogo norueguês criador da disciplina estudos de paz e conflitos, chama isso de transcendência. É uma inovação: inventar saídas em situações difíceis de conflitos, e o político, o partido político, a força política, a força social ter a capacidade de criar uma posição para onde possam migrar posições conflitantes e as duas posições possam crescer. Essa é uma questão fantástica, a própria essência, a mais alta função da política: transitar não como se fosse um negócio, a compra de um carro ou de uma casa, mas para a criação de uma posição nova.
Gandhi quer que as pessoas, as classes, os grupos, as aldeias, os países, não só a Índia, tenham autoconfiança e autonomia, dependam o menos possível de outras forças e possam viver. E para isso é necessária uma vida a mais simples possível, para não depender de bens que não se consegue produzir nem ter. Esse é o outro elemento-chave, junto com a não violência, a autonomia, a autoconfiança.
Apesar das cicatrizes das guerras. Apesar dos rancores dos conflitos. Apesar das tristezas das batalhas.
Olhar o entorno.
O convite. O sonho é agora.
Gandhi dizia ser bom sinal quando “olhamos melhor nossos próprios defeitos”. Assim nos tornamos melhores amigos de nós mesmos.
Ao tecermos nossa própria indumentária, renunciamos a ambicionar a dos outros.
Ao produzirmos nosso próprio sal, aprendemos a consumir conscientemente.
Aprimorando nossa dignidade e guardando-a como um grão precioso. Fazê-la crescer e prosperar sem nos violentarmos por causa de caprichos de qualquer podre poder.
Num encontro em que o cônsul não discursa, mas canta… e encanta… isso me diz ao coração que é possível ter esperança.
E vou-me embora.
Ao chegar em casa, lá pelas 22h45, coloco a chave no portão. Rua deserta. Um homem surge na esquina e grita para mim, num inglês tipicamente oriental.
— Please, miss… Speak English?
Respondo, atônita:
— Yes. From India?
Ele responde:
— From Pakistan. Where is the supermarket? Need to buy soy milk for my child.
Eu indico:
— Two more blocks and turn your right. Run, it´s closing!
Ele sai correndo…
Eu entro. E me permito sonhar com a paz mundial.
No dia em que voltei para o Brasil. Mais uma vez encontro com Gandhi,no aeroporto, para me dizer:Até Logo! #oAmorSIM
O texto acima foi escrito no dia de desaniversário de 66 anos do Assassinato de Gandhi.
A visita à sua residência, em Mumbai ,foi feita em 2018
¿Un mito? ¿Sólo un hombre? ¿Un acontecimiento? ¿Una vida singular transformada en maravilla o un fracaso de adaptación a una vida singular? ¿Obsesión lúcida? ¿Voluntad indomable? ¿Un libro abierto? ¿Un silencio inquietante?
Sí, era un hombre pequeño. Casi imperceptible.
De ojos brillantes y escrutadores. Radiografiaba y escaneaba a todos los que se le acercaban, buscando sentido en los misterios significativos e insignificantes del alma humana.
Satya, la Verdad y Ahimsa, la no violencia, eran sus lemas. Su pensamiento, su obra. Su acción.
Ayunó por la paz. Ayunó por amor. Ayunó para unir. Ayunó para liberar a su pueblo de la opresión británica.
Pero, ¿le convierte esto en un santo?
“Todas mis posesiones en el mundo se reducen a un plato de la prisión, algo de ropa y mi reputación, que cualquiera puede usar”.
Algunos lo describen como un mensajero de Dios, aunque él admite que nunca recibió ninguna revelación divina.
¿Simplemente coherencia?
Él mismo contradice la coherencia:
“No me interesa en absoluto parecer coherente. En mi viaje en busca de la verdad, he abandonado muchas ideas y he aprendido otras cosas nuevas. Por muy viejo que sea en cuerpo, no me doy cuenta de que he dejado de crecer interiormente, ni de que mi crecimiento se estancará con la disolución de mi carne. Lo que me interesa es mi actitud de disposición a obedecer la llamada de la verdad, en cada momento. Hay principios eternos que no admiten concesiones y el hombre debe estar dispuesto a sacrificar su vida para obedecerlos.”
El niño. El joven. La llamada.
Mohandas Karamchand Gandhi nació el 2 de octubre de 1869 en Porbandar, al oeste de la India (actual estado de Gujarat). Se casó a los 14 años con Kasturbai, que tenía la misma edad, en una unión acordada entre las familias. La pareja tuvo cuatro hijos.
Gran conocedor de las escrituras hindúes, a los 19 años se fue a estudiar Derecho a la Universidad de Londres, en el Reino Unido. Regresó a Bombay (India) como abogado. Después emigró a Sudáfrica, donde vivían 150.000 indios.
Un punto de inflexión en su carrera: un incidente mientras viajaba en tren. Gandhi viajaba en primera clase cuando le pidieron que pasara a tercera porque no era blanco. Al negarse, le echaron. El episodio le animó a abogar contra las leyes discriminatorias vigentes.
Las acciones de Gandhi consistieron en desobedecer las leyes británicas sin importarle las consecuencias, boicotear los productos británicos, hacer huelgas de hambre para que hindúes y musulmanes dejaran de lado sus diferencias religiosas y se unieran en favor de la causa común: la independencia. Acabó ganándose admiradores en todo el mundo, incluso en Inglaterra.
Sin embargo, la Segunda Guerra Mundial (1939-1945) tuvo el efecto de debilitar a Inglaterra, de modo que al final del conflicto mundial ya no pudo mantener su dominio sobre la India. El 15 de agosto de 1947 se declaró la independencia de la India. Sin embargo, el país seguía enfrentado fuertes tensiones entre grupos religiosos rivales y se fragmentó en dos, India propiamente dicha y Pakistán, este último dividido geográficamente en Este y Oeste, con un enclave indio en medio.
Predominaban, por tanto, la violencia religiosa y las disputas por las tierras. En 1948, la isla de Ceilán, en el sureste del subcontinente indio, se convirtió en un Estado independiente con el nombre de Sri Lanka. Del mismo modo, Pakistán Oriental formaría un nuevo país, Bangladesh, en 1971.
Hoy, en la República de la India, los conflictos entre hindúes y musulmanes son menores, aunque persisten. Otros dos grupos religiosos también tienen fuerza en el país, los budistas y los sijs, una secta hindú con características propias. Las relaciones con Pakistán siguen siendo conflictivas, sobre todo en lo que respecta a la provincia india de Cachemira, en el norte del país.
Clarividencia.
Gandhi actuaba de un modo tan peculiar que resultaba absurdo. Parecía un líder nacionalista como otros tantos comunes en su época: Sukarno en Indonesia, Bembela en Argelia, Nasser en Egipto y otros. Sin embargo, difería en la aplicación de los principios de autonomía, autodepuración y no violencia en el proceso de independencia de la India.
Y la independencia de la India no fue una hazaña menor porque era la joya de la corona inglesa. De todas las colonias, era la colonia clave. Apartada, rompería el imperio británico, como así ocurrió.
Y él, al frente de una lucha crucial en el mundo porque se estaba cambiando un sistema colonial imperialista, del que Inglaterra era el paradigma. Siempre defendió que era posible tener un entendimiento con el imperio. Y a menudo sostenía que la India e Inglaterra permanecerían vinculadas en una comunidad en la que las naciones tuvieran los mismos derechos y deberes. Incluso manifestaba, para consternación de los radicales de la época, que era posible y bueno para la India, para Inglaterra y para el mundo llegar a un entendimiento entre las partes y que ambas podían seguir vinculadas, pero como pares, como iguales.
Infelizmente, el movimiento de descolonización, tanto del lado de los oprimidos como de los opresores, no adoptó esta posición y hasta el día de hoy se viven las consecuencias de la independencia utilizando el método tradicional de la violencia contra la violencia. Después, ante el avance de la violencia y la represión por parte de los británicos, Gandhi se adhirió a la independencia total. Este entendimiento podría haber cambiado la historia reciente si se hubiera producido, si Inglaterra y los líderes hindúes que estaban con él hubieran tenido esta clarividencia.
Favorecieron la separación, incluida la absurda creación de Pakistán, que fue un acontecimiento traumático y desastroso para la independencia y una fuente de dolor para Gandhi y en cierto modo, el motivo de su muerte, ya que fue acusado por el nacionalista hindú que lo asesinó de ser demasiado tolerante con los musulmanes.
Véase aquí una entrevista con Gandhi en la época de la lucha por la independencia:
Vegetarianismo político.
Un aspecto que expresa las posturas de Gandhi respecto de la no violencia, de la autonomía o autosuficiencia y de la autodepuración es su opción por el vegetarianismo. Es una tradición hindú muy arraigada, pero no todo el mundo en la India es vegetariano. El hecho es que el vegetarianismo de Gandhi es un elemento político. A la hora de debatir sobre desarrollo sostenible hoy en día, ser vegetariano o al menos casi vegetariano, adoptando la postura gradualista de Gandhi, puede ser importante. Su vegetarianismo expresa muy bien sus posiciones básicas sobre la vida, porque es una forma de producir mejor, de asignar mejor las tierras y la producción para satisfacer a todo el mundo, en el mundo entero. Ya hay cálculos que demuestran que esto sería posible si se dedicara más tierra a la producción vegetariana que a la carnívora.
Infelizmente, el movimiento de descolonización, tanto del lado de los oprimidos como de los opresores, no adoptó esta posición y hasta el día de hoy se viven las consecuencias de la independencia utilizando el método tradicional de la violencia contra la violencia. Después, ante el avance de la violencia y la represión por parte de los británicos, Gandhi se adhirió a la independencia total. Este entendimiento podría haber cambiado la historia reciente si se hubiera producido, si Inglaterra y los líderes hindúes que estaban con él hubieran tenido esta clarividencia.
Favorecieron la separación, incluida la absurda creación de Pakistán, que fue un acontecimiento traumático y desastroso para la independencia y una fuente de dolor para Gandhi y en cierto modo, el motivo de su muerte, ya que fue acusado por el nacionalista hindú que lo asesinó de ser demasiado tolerante con los musulmanes.
Véase aquí una entrevista con Gandhi en la época de la lucha por la independencia:
Vegetarianismo político
Un aspecto que expresa las posturas de Gandhi respecto de la no violencia, de la autonomía o autosuficiencia y de la autodepuración es su opción por el vegetarianismo. Es una tradición hindú muy arraigada, pero no todo el mundo en la India es vegetariano. El hecho es que el vegetarianismo de Gandhi es un elemento político. A la hora de debatir sobre desarrollo sostenible hoy en día, ser vegetariano o al menos casi vegetariano, adoptando la postura gradualista de Gandhi, puede ser importante. Su vegetarianismo expresa muy bien sus posiciones básicas sobre la vida, porque es una forma de producir mejor, de asignar mejor las tierras y la producción para satisfacer a todo el mundo, en el mundo entero. Ya hay cálculos que demuestran que esto sería posible si se dedicara más tierra a la producción vegetariana que a la carnívora.
Gandhi nunca recibió el Premio Nobel de la Paz, a pesar de haber sido propuesto cinco veces entre 1937 y 1948. Sin embargo, décadas más tarde, el comité organizador del Nobel reconoció el error. Albert Einstein dijo de él: “A las generaciones venideras les costará creer que un hombre así existiera realmente y caminara sobre la Tierra”.
El legado.
Pensé mucho antes de investigar y escribir todo esto. Leí escritos de otras personas. Vi las noticias. Y observé la falta de alusiones a Gandhi, 72 años después de su asesinato el 30 de enero de 1948.
Tantas manifestaciones en el mundo globalizado. Por tantas causas sin una causa. O causas afines. Un océano de informaciones pululando en nuestras mentes. Concentraciones. Quedadas. Marchas con dios y con el diablo. Incendios. Tsunamis. Terremotos e inundaciones. El mundo en movimiento. El planeta ardiendo en llamas. Gobiernos que se desmoronan. Jóvenes tratando de encontrar un lugar en el futuro. Tanta violencia. En las casas. En las calles. En el trabajo. En el ocio.
Por la mañana fui a la Praça Túlio Fontoura, frente al Parque de Ibirapuera, en São Paulo. Allí estaba la estatua de Mahatma Gandhi. Vi unos cuantos pétalos. Me topé con un hombre indio vestido de blanco con lágrimas en los ojos.
Pasó a mi lado… abatido… quizá haya dejado atrás de sí, los pétalos; yo, ni eso. A diferencia de él, yo no lloré, sólo sentí. Eché un buen vistazo a aquella estatua bellamente esculpida… y sonreí.
Pensé en la historia de aquel hombre hasta hoy.
Caminé despacio hacia el parque, tratando de empaparme de las bondades del verdor que se extendía para poder tener unos momentos de soledad en este infierno, que no es de Roberto Carlos.
Y pedí: Sólo quiero tu paz…
A partir de ahí me puse a trabajar.
La sorpresa.
Por la noche, me reuní con algunas personas, quizás tan ingenuas como yo, en el Centro Cultural de la India para asistir a una mesa redonda sobre la ocupación de Gandhi en el siglo XXI.
Tras una breve narración de Tininha Calazans, un hada, comenzó una charla con cuatro jóvenes: Pedro Kelson Batinga, coordinador de los proyectos de cultura de paz de la Palas Athena; Anielle Guedes, economista y presidenta del Centro de Emprendimiento de la Universidad de São Paulo; Mariana Campanatti, publicista y cofundadora del Movimiento Imagina na Copa y André Gravatá, coautor del libro “La vuelta al mundo en 13 escuelas” y miembro del colectivo Educ-Ação. Estos jóvenes me llaman la atención sobre todo por el entusiasmo (que, según los griegos, significa tener el dios dentro de uno). Quizá eso lo explique todo, pero a veces no veo ese entusiasmo en otros jóvenes, salvo cuando se trata de mirarse el ombligo.
Lo más interesante es que ellos afirman inspirarse en Gandhi. No sólo ellos, sino también otros jóvenes de la India y Grecia que accedieron al portal del encuentro.
Vaya, si es así, no todo es caos en las ardientes fronteras de Dante.
Si 66 años después de su asesinato, Gandhi estaba movilizando a jóvenes universitarios y de la periferia en diversas partes del mundo y en Brasil, habrá valido la pena.
Johan Galtung, el sociólogo noruego creador de la disciplina de estudios sobre la paz y los conflictos, llama a esto trascendencia. Es una innovación: inventar salidas en situaciones difíciles de conflicto y que el político o el partido político, la fuerza política, la fuerza social tenga la capacidad de crear una posición en la que las posiciones en conflicto puedan migrar y las dos posiciones puedan crecer. Esta es una cuestión fantástica, la esencia misma, la función más elevada de la política: moverse no como si se tratara de un negocio, de la compra de un coche o de una casa, sino de crear una nueva posición.
Gandhi quiere que las personas, las clases, los grupos, los pueblos, los países, no sólo la India, tengan confianza en sí mismos y autonomía, que dependan lo menos posible de otras fuerzas y que puedan vivir. Y esto requiere una vida lo más simple posible, para no depender de bienes que no se pueden producir o tener. Este es el otro elemento clave, junto con la no violencia, la autonomía y la confianza en uno mismo.
A pesar de las cicatrices de las guerras. A pesar de la amargura de los conflictos. A pesar de la tristeza de las batallas.
Mira a tu alrededor.
La invitación. El sueño es ahora.
Gandhi decía que era una buena señal cuando “miramos de cerca nuestros propios defectos”. Así es como nos hacemos mejores amigos de nosotros mismos.
Al tejer nuestra propia ropa, renunciamos a ambicionar la de los demás.
Produciendo nuestra propia sal, aprendemos a consumir conscientemente.
Realzando nuestra dignidad y guardándola como un grano precioso. La hacemos crecer y prosperar sin violentarnos por los caprichos de ningún poder podrido.
En una reunión en la que el cónsul no da un discurso, sino que canta… y encanta… esto me dice en el corazón que es posible tener esperanza.
Me marcho y cuando llego a casa, sobre las 22.45, meto la llave en la puerta. La calle está desierta. Un hombre dobla la esquina y me grita en el típico inglés oriental.
Por favor, señorita… ¿Habla inglés?
Le respondo, asombrada:
Sí. ¿De la India?
Me responde:
De Pakistán. ¿Dónde está el supermercado? Necesito comprar leche de soja para mi hijo.
Le indico:
Dos manzanas más y gire a la derecha. ¡Corre, está cerrando!
Él sale corriendo…
Yo entro en casa. Y me permito soñar con la paz mundial.
El día que regresé a Brasil. Una vez más me encuentro con Gandhi en el aeropuerto para decirle: ¡Hasta luego! #oAmorSIM
El texto anterior fue escrito en el 66 aniversario del asesinato de Gandhi.
La visita a su residencia en Bombay tuvo lugar en 2018.
Gandhi persists in…
shellAHAvellar
A myth? Just a man? An event? A singular life transformed into wonder or a failure to adapt to a singular life? Lucid obsession? Indomitable will? An open book? A disturbing silence?
Yes, he was a small man. Almost imperceptible. Bright eyes and tellers. He X-rayed and scanned all who approached him, seeking meaning in the meaningless mysteries of the human soul.
Satya, Truth and Ahimsa, non-violence, were his slogans. His thought, his work. His action. He fasted for peace. He fasted for love. He fasted to unite. He fasted to free his people from British oppression. But does this make you a saint? “All my possessions in the world boil down to a prison plate, some clothes and my reputation, which anyone can wear”.
Some describe him as a messenger of God, though he admits that he never received any divine revelation. Just consistency? He himself contradicts consistency: “I am not at all interested in appearing coherent. In my journey in search of the truth, I have abandoned many ideas and learned other new things. However old I am in body, I do not realice that I have stopped growing inwardly, nor that my growth will stagnate with the dissolution of my flesh. What interests me is my willingness to obey the call of truth, at every moment. There are eternal principles that admit no concessions and man must be willing to sacrifice his life to obey them.”
The boy. The young man. The call.
Mohandas Karamchand Gandhi was born on 2 October 1869 in Porbandar, western India (present-day state of Gujarat). She married at the age of 14 Kasturbai, who was the same age, in a marriage arranged between the families. The couple had four children.
A great connoisseur of the Hindu scriptures, at the age of 19 he went to study law at the University of London in the United Kingdom. He returned to Mumbai (India) as a lawyer. He then emigrated to South Africa, where 150,000 Indians lived.
A turning point in his career: an incident while traveling by train. Gandhi was traveling in first class when he was asked to move to third because he was not white. When he refused, he was thrown out. The episode encouraged him to advocate against existing discriminatory laws.
Gandhi’s actions consisted of disobeying British laws regardless of the consequences, boycotting British produce, holding hunger strikes so that Hindus and Muslims would set aside their religious differences and unite in favor of the common cause: the independence. He ended up gaining admirers all over the world, even in England.
However, World War II (1939-1945) had the effect of weakening England, so that at the end of the world conflict it could no longer maintain its rule over India. On 15 August 1947, India was declared independent. However, the country continued to face strong tensions between rival religious groups and fragmented into two, India proper and Pakistan, the latter geographically divided into East and West, with an Indian enclave in between.
Religious violence and land disputes were therefore prevalent. In 1948, the island of Ceylon, in the southeast of the Indian subcontinent, became an independent state with the name of Sri Lanka. Similarly, East Pakistan would form a new country, Bangladesh, in 1971.
Today, in the Republic of India, conflicts between Hindus and Muslims are minor, although they persist. Two other religious groups also have strength in the country, the Buddhists and the Sikhs, a Hindu sect with its own characteristics. Relations with Pakistan remain contentious, particularly with regard to the northern Indian province of Kashmir.
Clairvoyance.
Gandhi was acting so peculiar that it was absurd. He looked like a nationalist leader like many others common at the time: Sukarno in Indonesia, Bembela in Algeria, Nasser in Egypt and others. However, it differed in the application of the principles of autonomy, self-determination and non-violence in India’s independence process.
And independence from India was no small feat because it was the jewel in the English crown. Of all the colonies, it was the key colony. Apart, it would break the British Empire, as it happened.
And he was leading a crucial struggle in the world, because he was changing an imperialist colonial system, of which England was the paradigm.
He always argued that it was possible to have an understanding with the empire. And he often argued that India and England would remain linked in a community where nations had the same rights and duties. He even stated, to the dismay of the radicals of the time, that it was possible and good for India, for England and for the world to reach an understanding between the parties and that both could remain linked, but as peers, as equals.
Unfortunately, the decolonization movement, both on the side of the oppressed and the oppressors, did not adopt this position and to this day the consequences of independence are experienced using the traditional method of violence against violence. Then, faced with the advance of violence and repression by the British, Gandhi joined the total independence.
This understanding could have changed recent history if it had occurred, if England and the Hindu leaders who were with him had this clairvoyance.
They favored separation, including the absurd creation of Pakistan, which was a traumatic and disastrous event for independence and a source of pain for Gandhi and in a way, the reason for his death, since he was accused by the Hindu nationalist who murdered him of being too tolerant of Muslims.
See here an interview with Gandhi at the time of the struggle for independence:
Political vegetarianism.
One aspect that expresses Gandhi’s positions on non-violence, autonomy or self-sufficiency and self-purification is his choice for vegetarianism. It is a deep-rooted Hindu tradition, but not everyone in India is vegetarian. The fact is that Gandhi’s vegetarianism is a political element. When discussing sustainable development today, being vegetarian or at least almost vegetarian, adopting Gandhi’s gradualist stance, can be important.
Their vegetarianism expresses very well their basic positions on life, because it is a way of producing better, of better allocating land and production to satisfy everyone, all over the world. Calculations already show that this would be possible if more land was devoted to vegetarian production than to carnivores.
Gandhi never received the Nobel Peace Prize, despite being proposed five times between 1937 and 1948. However, decades later, the Nobel organizing committee recognized the error. Albert Einstein said of him: “It will be hard for future generations to believe that such a man actually existed and walked the Earth”.
The legacy.
I thought long before I researched and wrote all this. I read other people’s writings. I saw the news. And I observed the lack of allusions to Gandhi, 72 years after his assassination on January 30, 1948.
So many manifestations in the globalized world. So many causes without a cause. Or related causes. An ocean of information swarming in our minds. Concentrations. Meetings. Marches with God and the devil. Fires. Tsunamis. Earthquakes and floods. The world moving. The planet burning. Governments crumbling. Young people trying to find a place in the future. So much violence. In houses. In the streets. In work. In leisure.
In the morning I went to Praça Túlio Fontoura, opposite the Ibirapuera Park in São Paulo. There was the statue of Mahatma Gandhi. I saw a few petals. I ran into an Indian man dressed in white with tears in his eyes. He passed by me… dejected… perhaps he had left behind him the petals; me neither.
Unlike him, I did not cry, I just felt. I took a good look at that beautifully sculpted statue… and smiled.
I thought about that man’s story until today.
I walked slowly towards the park, trying to soak myself in the goodness of the greenery that extended to have a few moments of solitude in this hell, which is not Roberto Carlos.
And I asked, I just want your peace…
From there I got to work.
The surprise.
In the evening, I met some people, perhaps as naive as myself, at the Cultural Centre of India to attend a round table on the occupation of Gandhi in the 21st century.
After a brief narration by Tininha Calazans, a fairy, began a talk with four young people: Pedro Kelson Batinga, coordinator of peace culture projects at Palas Athena; Anielle Guedes, economist and president of the University of São Paulo Entrepreneurship Center; Mariana Campanatti, publicist and co-founder of the Imagina na Copa Movement and André Gravatá, co-author of the book “Around the World in 13 Schools” and member of the Educ-Ação collective.
These young people call my attention above all by the enthusiasm (which, according to the Greeks, means having the god within you). Perhaps that explains everything, but sometimes I do not see that enthusiasm in other young people, except when it comes to looking at the navel. The most interesting thing is that they claim to be inspired by Gandhi. Not only they, but also other young people from India and Greece who accessed the portal of the meeting.
Well, if so, it’s not all chaos on Dante’s burning borders. If 66 years after his murder, Gandhi was mobilizing young university students and youth from the periphery in various parts of the world and in Brazil, it would have been worth it.
Johan Galtung, the Norwegian sociologist who created the discipline of studies on peace and conflict, calls this transcendence.
It is an innovation: to invent solutions in difficult situations of conflict and that the politician or the political party, the political force, the social force has the capacity to create a position in which positions in conflict can migrate and the two positions can grow. This is a fantastic question, the very essence, the highest function of politics: to move not as if it were a business, buying a car or a house, but to create a new position.
Gandhi wants people, classes, groups, peoples, countries, not just India, to have self-confidence and autonomy, to depend as little as possible on other forces and to be able to live. And this requires a life as simple as possible, so as not to depend on goods that cannot be produced or have. This is the other key element, along with non-violence, autonomy and self-confidence.
Despite the scars of wars. Despite the bitterness of conflicts. Despite the sadness of battles. Take a look around.
The invitation. The dream is now.
Gandhi said it was a good sign when we “look closely at our own defects”. That’s how we become best friends with ourselves. By weaving our own clothes, we renounce the ambition of others. By producing our own salt, we learn to consume consciously.
Enhancing our dignity and keeping it as a precious grain. We make it grow and prosper without being violent at the whims of any rotten power. At a meeting where the consul does not give a speech, but sings… and loves… this tells me in my heart that it is possible to have hope.
I leave and when I get home, around 22.45, I put the key in the door. The street is deserted. A man turns the corner and yells at me in typical Eastern English.
– Please, miss… Speak English?
I reply, amazed:
– Yes. From India?
He says to me:
– From Pakistan. Where’s the supermarket? I need to buy soy milk for my son.
I suggest:
– Two more blocks and turn right. Run, it’s closing!
He runs off…
I enter home. And I allow myself to dream of world peace.
The day I returned to Brazil. I once again met Gandhi at the airport to say: Goodbye! #oAmorSIM
The above text was written on the 66th anniversary of Gandhi’s murder. The visit to his residence in Mumbai took place in 2018.
As pessoas não se morrem.Se pegam de encantamento.
E o rio..corre. Um crescer e desconter-se . O de fugir para um espaço em branco.
E a vida?
Um constado de diversidades que podiam doer na gente,nem pelo antes,mas pelo depois.
A vida se passa assim como que num rio.
Hoje menino amanhã feito homem.
Põe família.Coisas de comer que não se iam de fazer míngua.
A mulher- moça que antes vivia nos docementes. Hoje enfeitada de disparates..
Alguma coisa não vigorava certa ,nem no tom nem no dizer das palavras.
Noutro derrepente. Do meu mais longe.
Assim num consumiço sem despedida nenhuma.
Que nem eles nem elas haviam de poder entender.
GUIMARÃES exala ROSAS shellAHAvellar
Quando minha filha me contou que alguns colegas e ela iriam montar um projeto inspirado em Guimarães Rosa,fiquei encantada.Sim.Porque Guimarães me encanta sobremaneira.
Tudo nele repercute em mim de uma forma turbulenta e amorosa.Não que uma coisa seja sinônima da outra..Mas porque Guimarães é este complexo de sentimentos “ avessados” que caracterizam sua arte exposta como ferida que a gente carrega e lambe com medo de se curar e de se esquecer do sábio percurso que permeia a doença .
Guimarães tem ritmo e silêncios ensurdecedores.Guimarães se reinventa nos deixando perplexos.Eterniza-se em cada sílaba,que parece estar ali para nos sobressaltar continuamente para não olvidarmos a nossa triste condição de mortais .Entretanto generosamente nos presenteia com a imortalidade em cada grito calado.
Assisti ao início do processo num apresentação intimista em junho deste ano.E minha colocação junto ao orientador ,diretor e atores foi naquele momento não ter reconhecido Guimarães ,em sua mais completa tradução.Foi muito reconfortante o camarada bate-papo pós- apresentação,com almoço estendido.A Escola Livre de Teatro permite este entrosamento.
Daí…tempos depois,dia 25 de outubro,fui assistir à estréia da Mostra do Processo.Que delícia poder comprovar a evolução do processo e o amadurecer dos atores Rodolfo Chagas,Renata Santos e Ayiosha Avellar .A cenografia de Leon .A luz de Fernando Melo..A direção do jovem diretor Filipe Ramos sob a batuta do orientador Luiz Fernando Marques(LUBI).
Tudo ali transpirava Guimarães em seu conto A Terceira Margem do Rio.Saí de lá feliz por ter tido a oportunidade de presenciar o resultado.Manifestei minha satisfação e saí de lá repleta.Vontade de ficar sozinha e de saborear aquele momento internamente.
Minha filha cresceu e não percebi.Como nenhuma mãe aceita que seu bebê cresça e caminhe por suas próprias pernas.Mas a atriz ,essa sim..embora ainda tenha uma longa estrada..já está no caminho.
Hesitei muito em escrever sobre isto,porque fica um tanto o quanto cabotino falar da própria carne.Mas o teatro visceral que respiro na ELT me leva a um passado de chumbo e glórias.Dores e Conquistas.Me vejo ali naquele grito calado de Guimarães e revejo minha trajetória até aqui.Não sei o que vem poraí mas sei que até aqui já posso me locupletar de não ter me devastado em vão.
E,como disse pra mim ,noutro dia, um senhor muito simples,”a vida é uma farra”.Ri muito e completei “ tem que saber aproveitar pra não sucumbir à ressaca”.
Vamos então festejar a obra criativa deste grupo de jovens artistas que nos deixam sabor de fruta madura na boca.
Convido a todos a ir lá conferir.
Cia Curva de Rio apresenta:
“DOS DIAS QUE CARREGUEI A AUSÊNCIA NA PONTA DO NARIZ”.
ULTIMAS APRESENTAÇÕES!!!!
Sáb – 01 /Nov 20 h Dom – 02/Nov 19 h
Mostra do núcleo de Direção da Escola Livre de Teatro) Orientação: Luiz Fernando Marques Lubi Direção: Filipe Ramos Atores criadores: Ayiosha Avellar, Renata Santos e Rodolfo Chagas
Concepção de Luz: Fernando Melo
Cenário: Leon Henrico Geraldi Assistência de criação: Julia Anunziato
Tenho por hábito comentar fatos que me chamam atenção pelo simples fato de achá-los interessantes. Escrever crônicas sobre coisas simples pelo simples fato de serem simples.
Inventar contos porque contar histórias pode ser um aprendizado mútuo quando se desloca a fantasia da realidade nem tão fantasiosa assim.
Opinar sobre obras de arte ,filmes e peças com o cuidado de falar sobre o que me transpassou, me tocou, me transformou. Talvez nem seja a preferida do grande público ou da crítica especializada mas foi como chegou até a mim.
O que não significa que tudo que deixo de comentar não foi porque não gostei.
Entretanto me deparo às vezes, ou quase sempre, com debates pós-espetáculos de teatro, que me deixam estupefata.
Processos criativos bem embasados e construídos em cima de árduo trabalho de equipe de dramaturgos, atores e diretores e designers de luz,som, figurino e cenografia,se expõem à carne viva,tentando perscrutar cada elemento da platéia e obter um consenso que vá ao encontro deste esforço hercúleo .No afã de se despir do orgulho da obra que se apresenta,a equipe deixa de se apropriar da mesma.
Ora, é claro que jamais existirá um consenso. Senso de coletivo é aceitar a diversidade. Saber que nada vai estar pronto. E que a arte por si só é ampla, geral, irrestrita.Se assim não for não será arte.Sem direitos de cidade.Sem formatações.Entretanto qualquer obra tem que ter um ponto de partida ainda que nonsense ,absurda, abstrata ou alternativa.É preciso partir sem amarras ,mas sabendo para onde ir.E este ir pode ser mudado,recheado,transfigurado ou mutilado,mas ainda assim partiu de algum lugar inusitado lá onde os sonhos ou pesadelos acontecem.
Há os críticos que vão ao espetáculo de dedo em riste prontos a metralhar técnicas, vociferar citações , entabular métodos e literalmente “enquadrar a obra”,doa quem doer.
E estes, sim,são os experts.Os que execram a obra.Os que chegam atrasados.Os que xingam a sua mãe.Se você focar no positivo do contexto e nas potencialidades dos atores envolvidos,está se arriscando a ser taxado de paternalista.
Volta e meia me deparo com estas contradições poraí afora.Em algumas universidades, os professores enrolam para dar tempo dos atrasados chegarem.Enquanto isto,os que chegaram na hora tem de amargar esta espera,com um sorriso amarelo.E um “Tudo Bem!”.
Num certo colégio de elite que dei aulas há uns anos atrás,o nível de conversa na sala dos professores era sempre de baixo calão e o sentimento vigente era o ódio mordaz aos alunos.Houve uma devassa no corpo docente.Ficou somente uma das professsoras .Surpreendentemente a mais desequilibrada e a mais ferrenha inimiga dos discentes.
Se você está cansado de focar no positivo,ser solícito ou companheiro, cuidado.
A menos que tenha “bala na agulha” tais como, prestígio, e uma agenda invejável, está arriscado a ser banido de vez de um grupo cujo pertencimento é tão volátil quanto a fumaça daquele cigarrinho amigo do camarada politicamente incorreto mais bem respeitado do planeta.