Ei,Você,trabalhador!
Retalho de desprezos
Máquina de moer carne
Fragmento de horrores
Que impõem o silêncio
Diante do podre poder.
Ei,Você,Trabalhador
Colecionador de combates
Exumador de sonhos
Em holerites de Alfarrábios
Ei,Você, Trabalhador
Que bate à porta do corsário
De armações ilimitadas
E, se lança em alto mar
Por um punhado de moedas,
Ei,Você,Trabalhador
Judas de si mesmo.
Você mesmo,
Fugitivo da própria história
Ainda é tempo
De se reescrever .
Ei,Você, Trabalhador
De pé no cais
De frente pro Atlas
Com bilhete de entrada
Para infinitas possibilidades.
Ei,Você, trabalhador
Em Sua carta de alforria
Elipse de maravilhas raras
Hoje,Você assina seu nome
Com sobrenome Liberdade.