Sombras que se repetem
Sob a mesmice dos arranha-céus
Escondem retalhos de anseios
De cimento humano armado
Janela escancarada,
Braços abertos,
Engulo o rastro vermelho dos faróis
Escorre um fiapo de vida
Do meu coração gelado
Pelos desvarios de Santo Paulo
Espelhos de Solidão