A UTOPIA
Nestes meus delírios utópicos de tentar me desprender de realidades submersas em pesadelos medievais, de massacres do homem pelo próprio homem, da corrupção que se infiltra por sordidez, sigo coxeando tentando estabelecer uma auto-disciplina que me remeta ao espírito de um sacrifício militante.
Tentando definir meu lugar no espaço aqui e agora.
Quem sou eu? Para onde vou?
Tentando abraçar uma causa sem causa?
Amainar minha consciência de que tenho feito a minha parte.
E, que parte é esta? É enganar a mim mesma de que estou no lado certo? Que lado é este?
Martela em mim o questionamento: Se existe lado já não é a paz. Já não é harmonia.
Se é partido, não é integral.
O que nos separa? O que nos une?
Por conta de uma questão crucial em minha trajetória nesta “encadernação”, me remeto aos Mortos e Desaparecidos pela Ditadura Militar de 1964 a 1988.
E às sequelas físicas, emocionais, sociais e morais de seus protagonistas e de seus coadjuvantes, cujas chagas ainda sangram em solo brasileiro num grito surdo por Memória , Justiça , Verdade e Reparação.
Como coadjuvante deste romanceiro grotesco e de imoralidades trágicas, me permito sonhar com um Centro De Referência de Reparação Psíquica para Vítimas de Violência do Estado.
E, arquiteta que sou, de direito e de fato, projeto nas nuvens, uma ascensão sacramental para os esquecidos e invisíveis heróis de nosso holocausto brasileiro.
E, poder fazer desta loucura um espasmo repetido que se liberta das correntes bárbaras da inação, me ordeno: Vá!
Relembro Rumi “Look where you step. You will avoid a false step and you will be saved from stumbling”
O UNIVERSO CONSPIRA
Num dos AUÊs da Praça Vladimir Herzog, sob a batuta do Jornalista Sérgio Gomes, onde uma vez por mês, nos perdemos nos abraços da imprensa bem-pensante e dos movimentos sociais, encontro, com o amigo, agora “Hermano”, Salmir Salman.
Comento com ele, en passant, sobre meu devaneio e ele me diz que irá acontecer o VI ENCONTRO BRASILEIRO DE SERVIÇOS DE CUIDADOS PALIATIVOS.
Teve a gentileza de me convidar e, mal sabia eu, que a metafísica me arrancaria do curso das coisas e me lançaria numa viagem mais fantástica que chocolates.
DESEMBARQUE
E, assim, desembarco no Centro de Convenções do IAMSPE, dia 21 de setembro às 8h da matina.
Dou de cara com Samir Salman e Emiliano Castro, na escada de acesso.Sorte minha.
Samir me presenteou com o passaporte e eu lhe entrego meu livro MULHER NA PALMA DA MÃO, que é o passaporte para o resgate do feminino. E não é disto que se trata o cuidado?
Passeio pelos espaços. Encontro a doce Gleicy, amada esposa de Samir, no toilette. Nos demos um abraço caloroso.
Vou tomar um café, passo os olhos nos banners e dois senhores com sorriso largo me estendem a mão.
Empatia imediata. Seus nomes? Adel (O Justo) e Adinam(O Mestre), irmãos de Samir. Que beleza!
Conversamos sobre Família Árabe, tradições orientais, poesia e ancestralidade, num átimo de segundo. Me apresentam O filho de Samir e o genro.
Família genuinamente árabe é assim. Todos prestigiam, colaboram e põem a mão na massa.
E, me pus a bailar entre os Salões.
Elifas Andreato me recebe e diz que estou no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas.
Me proíbe de pecar contra a Esperança. Lanço- lhe uma piscadinha e agradeço o sinal.
A VIAGEM
E aí , adentro o auditório ávida por conhecimento.
Lá está a figura mignon, carismática e delicada de Ana Luiza Zaniboni Gomes, que com seu brilho peculiar, alinhava as pessoas, cada uma com seu expertise, dentro de seu nicho de atuação, de cada país convidado: As fantásticas [ Paola Ruiz -Colômbia ,Liz Bryan – Reino Unido, e a entidade Rajagopal – Índia),e dos jovens e veteranos da Saúde, de todos os cantos do Brasil em Cuidados Paliativos.
Tudo o que vi foram sorrisos largos e olhos brilhantes.
Muita competência e entrega. Ainda faltam aplausos, que ecoarão para sempre em minha alma em festa.
Comprometimento. Seriedade. Vontade de acertar. Companheirismo. Alegria.
COMPAIXÃO
E, apesar de estar absolutamente impactada com todos os depoimentos, experiências compartilhadas e pessoas únicas, com a reverência com adornos de oblação, no momento, vou focar no meu grito primal: A ÍNDIA.
M.R. RAJAGOPAL
Chairman, Pallium India, and Director, Trivandrum Institute of Palliative Sciences Trivandrum, Kerala, India
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O que já nos irmana é termos a mesma referência : MAHATMA GANDHI.
Converso mentalmente com Gandhi e agradeço por ter me levado até ali.
E, assim, mergulho no documentário HIPOCRÁTICO e nesta beleza imensa, que é RAJAGOPAL.
O jeitinho franzino, o sorriso límpido, transparência no olhar, simplicidade e a grandeza em sua mais completa tradução.
Me ajeito na cadeira. Relaxo.Confio.
E, me deixo levar pelas mãos amorosas deste Semeador de Papoulas.
Apesar de sua exposição ter o fio condutor de frases e pensamentos de Gandhi, Aqui me atenho a um:
LIVE AS YOU´LL GONNA DIE TOMORROW.
LEARN AS YOU WANNA LIVE FOREVER.
Tudo o que foi falado e mostrado está no conteúdo riquíssimo do Encontro. Qualquer coisa que eu acrescente vai redundar. Portanto me atenho ao lirismo.
SAMIR SALMAN , O Jardineiro
Este menino que carrega a ancestralidade árabe, é o Superintendente do Instituto Premier.
No seu DNA está impressa a sabedoria dos Beduínos que se arriscam às tempestades dos desertos, mas, sabem onde está o Oásis.
Ele, silenciosamente, age, articula, promove, faz acontecer e no fim das contas, quem ganha, somos todos nós.
Firme em suas colocações, nos mostra que conhece o seu lugar e o ocupa.
E nos sinaliza com a fraternidade viril do médico que não se alimenta da putrefação do ser humano, e, sim, de resgatá-lo da agonia.
Aposta também na força da fantasia, deixando operar maravilhas na ordem pré estabelecida.
Traz com ele um séquito de mãos dadas a começar pela própria família, contaminando a todos.
E, claro, para isto se alia à Arte e ao talento de jovens despojados e heróicos tais como o músico Emiliano Castro, que ao alentar os pacientes, também envolve a equipe de saúde, temperando tudo com dignidade e movimento.
Me despeço deste Oásis, absolutamente plena. E acreditando numa humanidade possível.
E, é claro que é apenas um até logo.
Cabeça fervilhando de ideias e esperança para lá além das estrelas.
PAPOULAS
Com uma reflexão profunda sobre as Papoulas, seu significado e efeitos.
Pertencem à família das Papaveraceas. Papaver somnipherum de onde se extrai o ópio.
Originária da Suméria, Egito e Mesopotâmia é utlizada há mais de 6000 anos.
Como a natureza é sábia, ela já nos apresenta alívio para nossas dores.
E , embora a India seja um produtor autorizado de papoulas, muito pouco sobra para o sofrido povo indiano.
Hipócrates, médico da Antiga Grécia, foi um dos primeiros a descrever os efeitos medicinais da Papoula para tratar diversas doenças.
Em Roma, o ópio extraído da Papoula era utilizado para tratar os gladiadores.
Com o advento da Expansão Marítima e as rotas comerciais, o ópio da Papoula acabou se tornando mais conhecido e comercializado.
No início do século XVI, o uso do ópio se difundiu pela Europa. Nesse período a Igreja Católica combateu o seu uso e começou a controlar os remédios à base de ópio.
Paracelso, o famoso médico e alquimista suíço, elaborou um concentrado de suco de Papoula, o Láudano, com propriedades de curar muitas doenças e rejuvenescer. Esse fato provocou a popularização do ópio no mundo ocidental.
Por volta de 1803, o cientista alemão Frederick Sertuener, constatou que os princípios ativos da Papoula produziam efeitos diversos. Do ópio se obteve um cristal alcalóide de efeito muito intenso: a morfina, utilizada como componente em medicamentos alopáticos para casos de dores intensas e muito fortes.
O ópio é extraído a partir do látex contido nas cápsulas que não atingiram a maturação. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, ainda verde, se obtém um suco leitoso que é o ópio, que contém cerca de 25 alcalóides, o mais importante deles é a morfina, presente em até 20% no ópio.
O nome científico da planta “somniferum” relaciona-se a sono. A origem do nome “morfina”, está relacionada ao deus da mitologia grega Morfeu, o deus dos sonhos. E essas relações são bem significativas pois o ópio e a morfina atuam como depressores do sistema nervoso central.
O ópio contém outras substâncias, como a codeína e, também, se obtém a heroína, uma substância semissintética, resultante de uma alteração química na fórmula da morfina. Todos os alcalóides do ópio são narcóticos e produzem dependência.
A Organização Mundial de Saúde considera os opiáceos, à base de morfina, medicamentos necessários por serem eficazes para o alívio das dores muito fortes.
A LENDA DAS PAPOULAS
Para os antigos gregos, a Papoula era o símbolo do esquecimento e do sono.
Na mitologia grega, a Papoula estava associada a Hipnos, o deus do sono, pai de Morpheu. Considerado na Mitologia Grega, o deus dos sonhos, Morfeu é representado segurando Papoulas em sua mão.
Nix, deusa das Trevas, filha do Caos, em sua representação aparece coroada de Papoulas e envolta num grande manto negro e estrelado. De acordo com a Mitologia Grega, ela vive no Tártaro, entre o Sono e a Morte, seus dois filhos.
Os sumérios consideravam a Papoula símbolo de Alegria.
A Papoula, para os antigos romanos, era símbolo da deusa das plantas, Ceres, cuja imagem é representada segurando estas flores.
Na Idade Média, a Papoula era associada ao sacrifício de Jesus, aparecendo em muitos afrescos retratando a Paixão de Cristo.
As Papoulas se tornaram símbolo dos soldados mortos, na Primeira Guerra Mundial, pois, nos mesmos campos que eles morreram, floresceram estas flores.
Em um dia de junho, Perséfone, a bela filha de Zeus e deusa da Terra, colhia flores, quando foi sequestrada por Plutão, deus do submundo, que queria torná-la sua noiva.
A mãe de Perséfone, chamada Deméter, ao descobrir que sua filha passaria o resto de sua vida no submundo, correu para pedir ajuda à Júpiter, mas ele não fez nada. Deméter, sentindo muita dor e revolta, decidiu não se importar mais com a Terra.
Naquele momento, Júpiter, percebeu a gravidade da situação, pois as criaturas da Terra iriam morrer, então, ele resolveu intervir e conversar com Plutão para convencê-lo a deixar Perséfone retornar à Terra, e passar metade do ano com seus pais e Plutão consentiu.
Cada vez que Perséfone retornava à Terra, as papoulas vermelhas floresciam.
E, assim finalizo a minha jornada, convicta de que visitei um magnífico Jardim de Pessoinhas-Papoulas.
Que trazem o alento, o alívio do toque , da atenção inesgotável.
A obra prima de se tornar presente.
Não estão se submetendo à história. A escrevem.
NAMASTÊ!
OCTOPUS GARDEN Shellah Avellar
UTOPIA
In my utopian delusions of trying to detach myself from realities submerged in medieval nightmares, from massacres of man by man himself, from the corruption that creeps in through sordidness, I continue limping around trying to establish a self-discipline that reminds me of the spirit of a militant sacrifice.
Trying to define my place in the space here and now.
Who am I? Where am I going?
Trying to embrace a cause without a cause?
To soften my awareness that I have done my part.
And what part is this? Is it fooling myself that I’m on the right side? Which side is this?
The question hammers home at me: If there is a side, it is no longer peace. It is no longer harmony.
If it is a party, it is not integral.
What separates us? What unites us?
Because of a crucial issue in my trajectory in this “binding”, I refer to the Dead and Disappeared by the Military Dictatorship from 1964 to 1988.
And to the physical, emotional, social and moral sequelae of its protagonists and their supporting characters, whose wounds still bleed on Brazilian soil in a deaf cry for Memory, Justice, Truth and Reparation.
As an adjunct to this grotesque novelist of tragic immoralities, I allow myself to dream of a Reference Center for Psychic Reparation for Victims of State Violence.
And, architect that I am, in law and in fact, I project in the clouds, a sacramental ascension for the forgotten and invisible heroes of our Brazilian holocaust.
And to be able to turn this madness into a repeated spasm that frees itself from the barbaric chains of inaction, I command myself: Go!
I remind Rumi: “Look where you step. You will avoid a false step and you will be saved from stumbling”
THE UNIVERSE CONSPIRES
In one of the AWÊs of Vladimir Herzog Square, under the baton of the journalist Sérgio Gomes, where once a month, we get lost in the embraces of the well-thinking press and social movements, I meet with my friend, now “Hermano”, Salmir Salman.
I comment to him, en passant, about my reverie and he tells me that the VI BRAZILIAN MEETING OF PALLIATIVE CARE SERVICES will take place.
He was kind enough to invite me, and little did I know that metaphysics would pull me out of the course of things and launch me on a journey more fantastic than chocolates.
DISEMBARKATION
And so, I disembark at the IAMSPE Convention Center, on September 21 at 8 am.
I bump into Samir Salman and Emiliano Castro on the stairs. Lucky me.
Samir presented me with the passport and I gave him my book WOMAN IN THE PALM OF THE HAND, which is the passport for the rescue of the feminine. And isn’t that what care is all about?
Immediate empathy. Their names? Adel (The Righteous One) and Adinam (The Master), Samir’s brothers. What a beauty!
We talked about the Arab Family, oriental traditions, poetry and ancestry in the blink of a second. They introduce me to Samir’s son and son-in-law.
A genuinely Arab family is like that. Everyone honors, collaborates and gets their hands dirty.
And I started dancing between the halls.
Elifas Andreato welcomes me and says that I am in the right place at the right time and with the right people.
Forbid me to sin against Hope. I give him a wink and thank him for the sign.
THE JOURNEY
And there, into the auditorium eager for knowledge.
There is the mignon, charismatic and delicate figure of Ana Luiza Zaniboni Gomes, who with her peculiar brilliance, aligned people, each with their expertise, within their niche of activity, from each invited country: The fantastic [Paola Ruiz -Colombia, Liz Bryan – United Kingdom, and the “Entity” M.R.Rajagopal – India), and the young people and veterans of Health, from all corners of Brazil in Palliative Care.
All I saw were wide smiles and bright eyes.
A lot of competence and dedication. There is still applause to be received, which will echo forever in my soul in celebration.
Commitment. Seriousness. Willingness to get it right. Companionship. Joy.
COMPASSION
And even though I’m absolutely impacted by all the testimonies, shared experiences and unique people, with the oblation adornment, for the moment, I’m going to focus on my primal cry: INDIA.
M.R. RAJAGOPAL
Chairman, Pallium India, and Director, Trivandrum Institute of Palliative Sciences Trivandrum, Kerala, India
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What makes us brothers is that we have the same reference: Mahatma Gandhi.
I mentally talk to Gandhi and thank him for taking me there.
And so, I dive into the documentary HIPPOCRATIC and this immense beauty, which is RAJAGOPAL.
The slight way, the clear smile, transparency in the eyes, simplicity and greatness in its most complete translation.
I settle back in my chair. I relax. I trust.
And, I let myself be led by the loving hands of this Poppy Sower.
Although his exposition has the common thread of Gandhi’s phrases and thoughts, Here I stick to one:.
LIVE AS YOU´LL GONNA DIE TOMORROW.
LEARN AS YOU WANNA LIVE FOREVER.
All that has been spoken and shown is in the very rich content of the Meeting. Anything I add will redound. So I stick to lyricism.
SAMIR SALMAN , THE GARDENER
This boy, who carries Arab ancestry, is the Superintendent of the Premier Institute.
In its DNA is imprinted the wisdom of the Bedouins who risk the storms of the deserts, but they know where the Oasis is.
He silently acts, articulates, promotes, makes it happen and at the end of the day, who wins, is all of us.
Firm in his positions, he shows us that he knows his place and occupies it.
He brings with him an entourage hand in hand, starting with his own family, contaminating everyone.
And, of course, for this he joins the Art and talent of detached and heroic young people such as the musician Emiliano Castro, who by encouraging the patients, also involves the health team, seasoning everything with dignity and movement.
I say goodbye to this Oasis, absolutely full. And believing in a possible humanity.
And, of course, it’s just a goodbye.
Head buzzing with ideas and hope beyond the stars.
POPPIES
With a deep reflection on Poppies, their meaning and effects.
They belong to the Papaveraceae family. Papaver somnipherum from which opium is extracted.
Originating in Sumer, Egypt and Mesopotamia, it has been used for more than 6000 years.
As nature is wise, she already presents us with relief from our pains.
And while India is an authorized producer of poppies, there is very little left for the long-suffering Indian people.
Hippocrates, a physician from Ancient Greece, was one of the first to describe the medicinal effects of the poppy to treat various ailments.
In Rome, opium extracted from the poppy was used to treat gladiators.
Paracelsus, the famous Swiss physician and alchemist, made a concentrate of poppy juice, laudanum, with properties of curing many diseases and rejuvenating. This fact led to the popularization of opium in the Western world.
Around 1803, the German scientist Frederick Sertuener, found that the active principles of the poppy produced various effects. From opium was obtained an alkaloid crystal of very intense effect: morphine, used as a component in allopathic medicines for cases of intense and very strong pain.
Opium is extracted from the latex contained in capsules that have not reached maturity. By making cuts in the poppy capsule, still green, you get a milky juice that is opium, which contains about 25 alkaloids, the most important of which is morphine, present in up to 20% in opium.
The scientific name of the plant “somniferum” relates to sleep. The origin of the name “morphine” is related to the god of Greek mythology Morpheus, the god of dreams. And these relationships are quite significant because opium and morphine act as central nervous system depressants.
Opium contains other substances, such as codeine, and heroin, a semi-synthetic substance, is also obtained from a chemical change in the morphine formula. All opium alkaloids are narcotic and addictive.
The World Health Organization considers morphine-based opioids to be necessary drugs because they are effective in relieving severe pain.
THE LEGEND OF POPPIES
For the ancient Greeks, the Poppy was the symbol of forgetfulness and sleep.
In Greek mythology, the Poppy was associated with Hypnos, the god of sleep, father of Morpheus. Considered in Greek mythology, the god of dreams, Morpheus is depicted holding poppies in his hand.
Nix, goddess of Darkness, daughter of Chaos, appears crowned with Poppies and wrapped in a large black and starry cloak. According to Greek Mythology, she lives in Tartarus, between Sleep and Death, her two sons.
The Sumerians considered the Poppy a symbol of Joy.
The Poppy, for the ancient Romans, was a symbol of the goddess of plants, Ceres, whose image is depicted holding these flowers.
In the Middle Ages, the Poppy was associated with the sacrifice of Jesus, appearing in many frescoes depicting the Passion of Christ.
Poppies became a symbol of the soldiers killed in the First World War, because in the same fields where they died, these flowers bloomed.
One day in June, Persephone, the beautiful daughter of Zeus and goddess of the Earth, was picking flowers, when she was kidnapped by Pluto, god of the underworld, who wanted to make her his bride.
At that moment, Jupiter realized the gravity of the situation, as the creatures of Earth were going to die, so he decided to intervene and talk to Pluto to convince him to let Persephone return to Earth, and spend half the year with her parents and Pluto consented.
Each time Persephone returned to Earth, the red poppies bloomed.
And so I end my journey, convinced that I have visited a magnificent Garden of Little Poppy Pessoirs.
That bring the breath, the relief of touch, of inexhaustible attention.
The masterpiece of becoming present.
They are not submitting to history. Write it.
NAMASTE!
Thank you Shellah for the gift of your message and the articles. I read them. Congratulations.
I shall share your comments about “the Hippocratic“ with Mike Hill and Sue Collin’s, the couple from Melbourne, Australia who created the movie. I am sure they will be pleased.
Thank you, and I hope our paths will cross someday.
You write so well. Congratulations and thank you for the kind words. MR RAJAGOPAL https://palliumindia.org/
Querida Shellah, o seu texto é comovente e brilhante. A forma com que você traz esse tema tão inquietante e necessário para uma sociedade que esconde e se esconde da morte é de fato muito impactante. Você criou um panorama muito sincero desse trabalho tão digno que essas pessoas notáveis estão realizando em benefício do próximo, tratando o tema com uma maestria leveza ao passar pelas papoulas e desaguando na canção dos Beatles. Quem sabe chegará o dia em que teremos também a eutanásia sendo discutida no Congresso de forma séria e justa. Como disse MR RAJAGOPAL, “You write so well”. Grande abraço!