O GRITO DO SILÊNCIO – REPARAÇÃO PSÍQUICA PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE ESTADO Shellah Avellar

DIREITOS HUMANOS /COMUNICAÇÃO ORAL

No processo de Comunicação corporal, as células trocam energia e informação com o resto do organismo. Recebe nutrientes e expele algumas substâncias. E o corpo interage com o meio-ambiente. A comunicação integra dois sistemas básicos: o circulatório e o nervoso. Nada pode ficar parado ou retido, para manter a homeostase.

O linguista russo Roman Jakobson,apresenta  seis elementos constitutivos de comunicação:1) O emissor ,determina a função expressiva 2) O destinatário,a função conativa 3)A mensagem, função poética que engloba todas as figuras da retórica 4)O contexto, determina a função referencial.5) O contato,a função fática, que tende verificar se a escuta do destinatário efetivamente se estabeleceu. 6) O código, a função metalinguística, que incide sobrea linguagem tomada como objeto (por meio dele, emissor ou destinatário verificam se utilizam o mesmo léxico).

O linguista chega a estabelecer semelhanças estruturais entre estes dois sistemas de informação entre o código genético e o código linguístico entre as mensagens químicas, que, na arquitetura da célula, transmite as ordens da vida.

Tudo isto para justificar que, quando o silenciamento é imposto pela Violência de Estado, causa um colapso no corpo emocional, que a princípio é imperceptível, mas em algum momento a estrutura física e psíquica vai gritar por socorro.

Depois de 45 anos de silenciamento, por conta da ditadura militar de 1964 ,pude reabrir feridas da memória e compartilhar o trauma encravado em meu corpo. E falar abertamente. Pela primeira vez tive um sentido de pertencimento, ao integrar as Clinicas de Testemunho.

Gostaria de ver cada vez mais pessoas sendo beneficiadas por esta ferramenta de reparo psíquico, para que possam assumir seu protagonismo e se tornar sujeitos da ação, sem se sentir num eterno velório emocional”. Creio que o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério de Direitos Humanos, possam inovar e promover um Centro de Referência de Reparação Psíquica, dentro do contexto de atendimentos do SUS -Sistema Único de Sáude, institucionalizando definitivamente esta prestação de serviços para as vítimas de violência do estado.”

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PALAVRAS -CHAVE

 HOMEOSTASE. SINTAGMA.REPARAÇÃO

Instituto Silvia Lane – IV Simpósio – 2023 (compromissosocial.org.br)

RESULTADO DA AVALIAÇÃO

O trabalho O GRITO DO SILÊNCIO. (REPARAÇÃO PSÍQUICA PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE ESTADO.), de autoria de Shellah Avellar foi APROVADO na modalidade Comunicação Oral, para apresentação no evento IV Simpósio Nacional – Psicologia e Compromisso Social – 2023 que foi realizado de 01 a 03 de junho de 2023.

As apresentações de trabalhos foram realizadas na parte da tarde em Grupos de Trabalho. Os Grupos de Trabalho foram formados a partir dos trabalhos inscritos, agrupando temas que possam favorecer o debate. Os grupos permaneceram fixos durante os três dias de evento, de forma a acumular e aprofundar as discussões.

Cordialmente,  Comissão de avaliação dos trabalhos

*Foram submetidos 989 trabalhos e somente 250 trabalhos foram aprovados para apresentação no IV SIMPÓSIO NACIONAL DE COMPROMISSO SOCIAL, do Instituto Silvia Lane.

RESUMO

No processo de Comunicação corporal, as células trocam energia e informação com o resto do organismo. A comunicação integra dois sistemas básicos: o circulatório e o nervoso. Há um elo de subordinação entre ambos. Nada pode ficar parado ou retido, para manter a homeostase.

O linguista russo Roman Jacobson ,chega a estabelecer semelhanças estruturais entre estes dois sistemas de informação entre o código genético e o código linguístico entre as mensagens químicas, que, na arquitetura da célula, transmite as ordens da vida e a mensagem linguística.

Tudo isto para justificar que, quando o silenciamento é imposto pela Violência de Estado, causa um colapso no corpo emocional, que a princípio é imperceptível, mas em algum momento a estrutura física e psíquica vai gritar por socorro.

Depois de 45 anos de silenciamento, por conta da ditadura militar de 1964,pude reabrir feridas da memória e compartilhar o trauma encravado em meu corpo. E falar abertamente. Pela primeira vez tive um sentido de pertencimento, ao integrar as Clinicas de Testemunho.

Gostaria de ver cada vez mais pessoas sendo beneficiadas por esta ferramenta de reparo psíquico, para que possam assumir seu protagonismo e se tornar sujeitos da ação, sem se sentir num eterno velório emocional”. Creio que o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério de Direitos Humanos, possam inovar e promover um Centro de Referência de Reparação Psíquica, dentro do contexto de atendimentos do SUS -Sistema Único de Sáude, institucionalizando definitivamente esta prestação de serviços para as vítimas de violência do estado.”

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